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Motocicletas – Potência e Infrações, por Renato Campestrini

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    De tempos em tempos, programas de TV nos mostram as absurdas cenas de imprudência de condutores com motocicletas esportivas e de alta cilindrada em rodovias pelo país afora que tem como hobby ultrapassar o limite de velocidade estabelecido.
    Quando não a TV, uma simples busca pelo Youtube, nos mostra os “feitos” dos filhotes de Valentino Rossi, Casey Stoner e outros pilotos de Motovelocidade em rodovias abertas à circulação. Como regra, as motocicletas envolvidas nos vídeos, possuem cilindrada acima de 600 centímetros cúbicos, mais de 100 cavalos de potência, e os tais condutores utilizam equipamentos de segurança de marcas de renome e preços impraticáveis para a grande maioria da população, no entanto, o sucesso que de uma forma ou de outra os leva a possuir os bens que possuem (que indiretamente indicam ser os protagonistas pessoas com certo nível de cultura), não se traduz na capacidade de respeitar regras de convivência em sociedade como respeitar limites de velocidade.
    Não há nada de mal em possuir uma motocicleta com preço acima de 30 mil reais, e que ultrapasse com facilidade os 300 quilômetros horários, desde que o condutor que deseje fazer isso o faça em locais próprios como em autódromos, e que a única vida em risco em caso de acidentes seja a do próprio condutor ou daqueles que compartilham na pista o mesmo gosto pela velocidade.
    Será que em algum momento, os ases do guidom têm consciência que uma motocicleta em alta velocidade ao colidir com um automóvel, pode acarretar sérias consequencias, como a morte de seus ocupantes? Que uma queda e eventual impacto em defensas metálicas, ainda que protegidos com seus valiosos macacões de pele de canguru podem levar a amputações, ou quando não, ser fatal? Que uma ultrapassagem pela direita pode ser a causa de um grave acidente?
    É inútil elencar valores e pontuação acrescida ao prontuário quando tais condutores são flagrados em condutas como as aqui descritas e gravadas em vídeos disponíveis na internet, mas em nome da segurança de todos, é preciso dar um basta nessa situação. A tecnologia hoje existente, que possibilita a filmagem dos absurdos cometidos, pode e deve ser utilizada como meio apto a punir os infratores, assim como todos devem denunciar às autoridades, locais em que determinadas ações são praticadas, para que vidas sejam preservadas e as viagens de passeio de diversas famílias não se tornem tragédias ocasionadas por puro exibicionismo de alguns.

Renato Campestrini
Advogado
Especialista em Trânsito

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