O primeiro semestre de 2023 registrou um cenário preocupante com relação ao pedestre e a segurança no trânsito. Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), nos seis primeiros meses do ano houve um aumento de 13% no número de pedestres traumatizados em sinistros no Brasil, em comparação ao mesmo período de 2022.
Conforme o levantamento, a situação é mais grave no Centro-Oeste e Sudeste, com Goiás apresentando o maior aumento em termos absolutos, com um adicional de 1.124 internações no último semestre, seguido de São Paulo, com um aumento de 623 internações, e Minas Gerais com um acréscimo de 257 internações.
Cuidar do pedestre é ajudar a salvar vidas
O Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito em todo o mundo, atrás apenas da Índia e da China, segundo dados do relatório Global Status Report on Road Safety, da Organização Mundial de Saúde (OMS). As mortes decorrentes do trânsito são a oitava principal causa de morte no país. Cerca de 20% das mortes são de pedestres. Para proteger a vida dos pedestres é preciso uma abordagem multifacetada que envolve regulamentação, educação, planejamento urbano e conscientização. É fundamental que governos, autoridades de trânsito, urbanistas e a comunidade trabalhem juntos para criar um ambiente de trânsito mais seguro para todos.
Entre as principais iniciativas estão sinalização adequada, instalando sinais de trânsito claramente visíveis, faixas de pedestres e semáforos em locais estratégicos, especialmente em áreas de grande movimentação de pedestres, como escolas, cruzamentos e áreas comerciais. Investir em passarelas elevadas ou passagens subterrâneas em locais movimentados ajudar a evitar sinistros, já que os pedestres podem atravessar com segurança, evitando o tráfego de veículos. Nas localidades que já oferecem essas facilidades é preciso mantê-las em boas condições, conforme orienta o artigo 71 do Código de Trânsito Brasileiro.
Excesso de velocidade é a principal causa de mortes no trânsito em todo o mundo. Logo, a redução da velocidade nas vias é fundamental. “A implementação de limites de velocidade mais baixos ajuda a reduzir mortes e lesões graves em caso de colisão com pedestres. Estudos apontam que quando um pedestre é atropelado a 60km/h a chance de ser fatal é de 98% enquanto a 40km/h, essa porcentagem cai para 35%”, explica Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons. “Pedestres são os mais vulneráveis em rua e vias e precisamos sempre nos lembrar: em algum momento do dia, todos nós estamos nesse papel. Se não criarmos um ambiente de proteção ao pedestre os números de sinistros continuarão aumentando”, finaliza Campos.
Nascemos do ideal por um transitar seguro e há três décadas nossos valores e pioneirismo nos permitem atuar no mercado de ITS atendendo demandas relativas à segurança viária, fiscalização eletrônica de trânsito, mobilidade urbana e gerenciamento de tráfego.