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Formação adequada torna novos motoristas mais conscientes

Simulador de direção auxilia no processo e traz confiança para os novatos ao volante

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Pegar no volante e dirigir pela primeira vez é algo que assusta muita gente.  O receio frente a situações desconhecidas aterroriza alguns motoristas de primeira viagem, já que ainda não estão seguros quanto ao seu comportamento na direção. Por isso, é imprescindível uma formação adequada para que os novos condutores estejam confiantes já no primeiro contato dirigindo pelas ruas.

O coordenador de projetos, Ricardo Ataídes, decidiu tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B, terminou as aulas teóricas e estava apreensivo com as aulas práticas. Mas, a experiência com o simulador veicular lhe deu mais segurança. “O simulador mostra o posicionamento de tudo que eu vou utilizar dentro do carro, setas, marchas, etc, e antes de cada módulo há um tutorial de como será feito o exercício do dia. Também oferece uma ideia mais precisa de espaço e acaba sendo uma transição importante entre as aulas teóricas e práticas”, conta.

O estudante Lucas de Melo Moreira também vai tirar a CNH em breve e diz que a experiência com um simulador foi essencial para se sentir mais confiante. “É muito interessante, principalmente para quem não tem vivência na direção. A tecnologia ajuda a desenvolver os reflexos e nos coloca em situações que vamos enfrentar no mundo real, como a necessidade de reduzir a velocidade para não causar acidentes com crianças e outros pedestres que estejam atravessando fora da faixa, por exemplo”, salienta.

Essas experiências mostram como uma boa formação é essencial na educação dos futuros condutores, e o simulador de direção é uma ferramenta para isso. Os órgãos de trânsito – Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Detrans – enxergaram a necessidade de mudar e melhorar a qualidade de formação dos motoristas, e os simuladores tornaram-se obrigatórios desde janeiro de 2016. O diretor-presidente do Detran de São Paulo, Maxwell Vieira, conta que já existem 1.956 simuladores cadastrados em todo o Estado. Desde 2014, quando passou a ser opcional nas autoescolas, já foram realizadas mais de 3,8 milhões de aulas nos simuladores dos centros de formações de condutores paulistanos. “Este é um número impressionante. Toda tecnologia que vem para ajudar no processo de formação do cidadão, nós apoiamos. O simulador oportuniza ao aluno passar por algumas situações que ele não enfrentaria nas aulas de rua. O equipamento simula chuva, neblina, aquaplanagem, animais na pista, entre outras. Ele vem para somar, não para substituir as aulas com um carro de verdade”, argumenta Vieira.

O que diz a Lei

A resolução 543 CONTRAN, de julho de 2015, estabeleceu que quem vai tirar a primeira habilitação categoria B, deve fazer, no mínimo, 25 horas/aula. Destas, pelo menos 5 horas em um simulador de direção, tendo uma hora/aula com conteúdo noturno.

Para Jobel Araújo, gerente da Mobilis, empresa que fabrica e implanta simuladores, um dos principais responsáveis pelas ocorrências que levam os motoristas iniciantes a se envolverem em um acidente é a dificuldade de prever e gerir os riscos que irão encontrar nas vias públicas. “Com a utilização dos simuladores na formação dos futuros condutores, acreditamos numa transformação positiva. Essa tecnologia aperfeiçoa o treinamento dos motoristas, que passam a avaliar melhor e prestar mais atenção aos fatores de risco. O instrutor poderá, por exemplo, orientá-lo em aulas com excesso de veículos, pedestres e até crianças na saída da escola”, avalia.

Resultados

O Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Rio Grande do Sul, primeiro estado a implantar os simuladores, fez um estudo sobre a eficácia do equipamento na formação dos motoristas. As pesquisas, segundo o Sindicato, comprovaram que o simulador veicular reduz acidentes em até 50%, e aumenta a segurança no trânsito.

O estudo também comenta que a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED) fez uma experiência com simuladores no X Congresso Brasileiro sobre Acidentes de Tráfegos. O resultado foi: 94% dos médicos e psicólogos disseram acreditar que o uso dos simuladores ajuda na formação de novos condutores, e 77% acreditam que os alunos se sentem mais seguros para ingressar nas aulas práticas depois de passar por eles. A pesquisa ainda revelou que o uso dos simuladores é capaz de deixar o aluno até 90% pronto, porque, com as aulas no aparelho, ele pode desenvolver habilidades motoras e sensoriais para enfrentar melhor situações difíceis no trânsito.

No simulador o aluno passa por algumas situações que ele não enfrentaria nas aulas de rua, como aquaplanagem e animais na pista

Crédito: Arquivo Mobilis
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