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17 milhões de motociclistas

por Cristina Baddini*

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Dia 27 de julho, mais uma vez foi celebrado o Dia do Motociclista. Entra e sai ano, lá estão os motociclistas no centro de todas as discussões relativas à segurança no trânsito, notadamente neste período em que vivenciamos a Década de Ações para a Segurança Viária, ação instituída pela ONU para reduzir a metade os mortos no trânsito no mundo.
Em 37 anos o setor de duas rodas vem crescendo e hoje temos no país mais de 17 milhões de motociclistas, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O Brasil tem uma motocicleta para cada 11 habitantes. Em 2000 essa relação era de uma moto para cada 43 habitantes. Só para comparar, a Itália tem uma motocicleta para cada 6,4 habitantes, e a Espanha, há uma moto para cada 9,4 habitantes. Em 11 anos, o número de habitante por moto no País cresceu mais de 290% na busca de uma maior mobilidade urbana.

Taxas
À medida que as vendas de motocicletas avançam, as mortes de motociclistas aumentam, sendo que em algumas localidades os índices gerais de acidentes diminuem, no entanto, a severidade e o percentual desses condutores que morrem vítimas de acidentes com motos só aumentam.
É preciso pensar o que fazer. O gasto com equipamentos de segurança poderia ser menor, já que os acessórios não obrigatórios são vendidos como roupas comuns e não como itens de segurança, o que acarreta em maior tributação, aumentando o preço final.
Fabricantes e lojistas defendem a criação de certificação especifica para acessórios como luvas, jaquetas e botas pois em caso de queda, as mãos ou os pés são utilizados como amparo e, desprotegidos, sofrem algum tipo de lesão.
Para isso o sistema de tributação teria de ser revisto, e o estado deixaria de ganhar nas taxas, mas incrementaria a venda dos produtos de segurança – o que reduz gastos com aposentadorias compulsórias e sistema de saúde, por exemplo. Nos Estados Unidos, com essa visão, os capacetes são livres de impostos.

Educação
O Governo deveria investir maciçamente em ações socioeducativas e pensar a curto e médio prazo sobre a questão da mobilidade nos grandes centros urbanos. De outro lado, fabricantes e importadores de motocicletas deveriam ter, em parceria com o Governo, programas para uma melhor qualificação dos motociclistas, com aulas teóricas e práticas voltadas às situações do cotidiano – e de risco – e cursos de reciclagem, focando sempre a segurança.

Bom motociclista
Para muitos motociclistas, ser um bom condutor se resume a colocar o capacete, subir na motocicleta e acelerar tudo que o motor permitir entre veículos, desrespeitando sinal de parada, placas de retorno proibido, colocando o pé ou a mão na placa para que o equipamento medidor de velocidade não registre o excesso praticado dentre outras infrações tão corriqueiras que podem ser constatadas nas vias públicas. Isto é um perigo aos motociclistas que usufruem do veículo de maneira correta, os quais ficam a mercê de uma queda por conta da imprudência alheia.
Os órgãos de trânsito se mobilizam, elaboram campanhas educativas para tentar conscientizar, leis e resoluções são editadas em benefício dos motociclistas, mas de nada vale esse esforço se os principais interessados insistem em arriscar a vida. Portanto motociclista utilize a motocicleta em seus deslocamentos de forma correta, respeitando as regras de circulação e condutas previstas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB; reflita e mude o comportamento, principalmente para manter-se vivo e não causar dor as pessoas que lhes querem bem.
Enfim, pilote com segurança, respeite as regras de trânsito e conduza seu veículo de forma mais harmoniosa possível, sempre usando todos os equipamentos de segurança.

 

*Cristina Baddini
Consultora do Diário do Grande ABC, Diretora da ONG Rua Viva, Assessora do MDT
cristinabaddini@dgabc.com.br; blog: http://olhonotransito.blogspot.com

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