No mês das mães, especialista da Perkons destaca cuidados com os filhos no trânsito
Ser mãe demanda habilidade de realizar diversas atividades no dia, como se dedicar ao trabalho, ao lar e aos filhos, já que criança exige cuidados seja em casa, na escola e em momentos de lazer. Em trajetos de carro, de bicicleta ou a pé, as mães precisam estar atentas a uma série de detalhes para garantir a segurança dos pequenos.
A especialista em trânsito da Perkons, Idaura Lobo Dias, afirma que crianças devem estar sob supervisão constante. Ao dirigir, por exemplo, é importante ter alguém no carro para auxiliar a mãe. “Qualquer trajeto requer atenção e cuidado. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo mostram que cerca de 50% dos acidentes graves ou fatais ocorrem a menos de 50 km de casa”, argumenta.
Os dispositivos de retenção, como cadeirinha e bebê conforto, são essenciais para o transporte de crianças em veículos. O equipamento deve ser apropriado para a idade, a altura e o peso do pequeno passageiro. Segundo o Insurance Institute for Highway Safety o uso adequado dos dispositivos de retenção pode reduzir as lesões fatais entre 58 e 71% para crianças menores de um ano de idade e 54 e 59% para as de um a quatro anos, em comparação com as que estão sem proteção.
Apesar da importância do uso da cadeirinha, muitos pais ainda ignoram essa regra. Em uma batida, o bebê que está no colo pode ser lançado para fora do veículo ou em direção a outros ocupantes. De acordo com levantamento da ONG Criança Segura, em uma colisão a 40 km/h é preciso fazer uma força equivalente a 100 kg para segurar um bebê de 5 kg. “Carregar a criança no colo dá a falsa sensação de que ela está mais segura. Alguns pais deixam de usar os dispositivos por falta de paciência, quando a criança reclama, desafivela o cinto e chora para não ficar na cadeirinha”, avalia Idaura.
Em uma colisão a 40 km/h é preciso fazer uma força equivalente a 100 kg para segurar um bebê de 5 kg. |
Dicas de mãe
Mariana Faria Malinoski é mãe de Alice, quatro anos, e de Liana, dez meses. Para sair de carro com as pequenas ela utiliza o bebê conforto para a menor e a maior vai na cadeirinha. “A Alice já está tão acostumada que, ao entrar no carro, ela mesma ergue os bracinhos e coloca o cinto da cadeira. A Liana reclama um pouco, por ficar de costas. Para estas horas, sempre carregamos alguns brinquedos no carro. Além disso, a maior ajuda a distrair a irmã”, conta. Outro cuidado adotado pela mãe é o travamento de portas e vidros traseiros, permitindo o comando apenas para quem está no banco da frente.
Para os trajetos mais longos, como viagens, a família opta por sair em horários que as crianças estão dormindo, à noite ou no começo da manhã. “Se sairmos em outro horário as meninas ficam agitadas e as pausas para o descanso são mais frequentes, o que torna a viagem mais demorada”, comenta Mariana.
Pedaladas com os filhos
Regina Mollenkamp Biaca utiliza a bicicleta para passear com o filho Artur, de 4 anos. Geralmente, vão até um parque para brincar e depois continuam a andar de bicicleta. “Optei pelo passeio, pois posso me exercitar junto com ele sem ter de deixá-lo com alguém. Além disso, podermos percorrer distâncias mais longas do que se fossemos a pé. Andamos aproximadamente uma hora e meia, contando com a parada no parquinho, uma ou duas vezes por semana”, conta.
Para o transporte de bicicleta, se a criança tiver até 15 kg deve-se usar uma cadeirinha com encosto, já para as que têm entre 15kg e 30kg utiliza-se o acento acoplável. “Apesar de não ser obrigatório é importante usar também cinto de segurança e capacete. Ao comprar os equipamentos, o ideal é escolher marcas conhecidas e verificar se o produto tem certificação”, sugere a especialista em trânsito da Perkons.
A bicicleta também pode ser utilizada pelos pequenos como condutores. Idaura recomenda, antes de começar as pedaladas, perguntar ao pediatra da criança qual distância pode ser percorrida e fazer testes curtos, em parques e ciclovias, para verificar como ela se adapta ao transporte. “Pedale em velocidades baixas e pratique a direção defensiva. Com o passar do tempo e com o acréscimo natural de peso da criança, alteram-se as condições e pode ser necessário rever as distâncias praticadas”, explica.
Recomendações para outros meios de transporte
Motocicleta – Se o meio de transporte escolhido for a moto, a criança deve ter no mínimo 7 anos desde que tenha condições de cuidar de sua própria segurança e estar com capacete adequado à circunferência de seu crânio. O ideal é que tanto o condutor quanto o garupa utilizem também roupas de proteção apropriadas, que poderão minimizar os ferimentos em uma queda.
Pedestres – Já nos trajetos a pé, um adulto deve acompanhar a criança, segurando-a pelo pulso. O recomendado é que pelo menos até os 10 anos ela não atravesse a rua sozinha. Outro conselho é vestir as crianças com roupas de cores claras ou com detalhes reflexivos quando forem sair à noite ou ao entardecer, pois, muitas vezes, os motoristas não conseguem vê-las.
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