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Sopa de letras e a segurança do motociclista

por Renato Campestrini*

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Recentemente publicada pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, a Resolução número 509/2014 do colegiado apresentou uma importante inovação para contribuir com a segurança dos motociclistas, a obrigação, a partir de 2016, da adoção dos sistemas ABS ou CBS para motocicletas, motonetas, triciclos e quadriciclos.

Anti-lock Braking System – ABS ou antitravamento do freio e o Combined Braking System – CBS acionamento combinado do sistema de freios, uma sopa de letras, auxiliam o condutor de motocicleta em uma das maiores deficiências constatadas nas vias: frear corretamente o veículo em situações de risco.
Durante o processo de formação do condutor de motocicleta, a utilização do freio fica restrita ao sistema traseiro, o qual acionado unicamente em situação de emergência pode levar a uma queda ou a percorrer longas distâncias antes de parar.

Aqueles que já tiveram a oportunidade de conduzir uma motocicleta com um dos sistemas sabem o quanto são importantes para uma condução segura.

Com a obrigação dos dispositivos para motocicletas novas a partir de 2016 (10% das produzidas ou importadas), a tecnologia passará a trabalhar a favor da segurança, pois o ABS evita o travamento das rodas mantendo a dirigibilidade e o CBS acionando apenas o freio traseiro também aplica 25% (vinte e cinco por cento) da força no dianteiro reduzindo distâncias de frenagem.

Sem dúvida a medida é um avanço, entretanto, não será apenas ela que irá contribuir para uma significativa redução dos acidentes com motocicletas, a mudança de postura do motociclista continuará sendo essencial, assim como é necessário um novo processo de formação para o motociclista.

Apesar das inúmeras reportagens que mostram os riscos de conduzir acima do limite estabelecido, alternando as faixas entre os veículos, essas condutas são frequentes em nossas vias tal qual o hábito de transitar com capacetes de segurança soltos, em tamanho inadequado. Outro ponto que merece atenção do motociclista é deixar a manutenção em segundo plano, a realizando para corrigir defeitos e não para preveni-los. Mudanças dessa natureza é que irão surtir o efeito esperado na redução de mortos e feridos e elas devem partir de cada um.

O importante é que o primeiro passo foi dado com vistas a preservar vidas, agora é aguardar que outras boas notícias surjam no horizonte.

*Renato Campestrini
Advogado , pós-graduado em Trânsito Mobilidade e Segurança.

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