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Redes sociais viram utilidade pública no trânsito

A velocidade com que as informações são divulgadas e absorvidas num processo online, em que, muitas vezes, o órgão não participa, obrigou o poder público a se inserir na esfera das redes sociais
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    Ferramenta já consolidada e de uso irreversível, a internet também passou a ser um meio de informação essencial sobre o trânsito no Brasil. Sem a burocracia do atendimento no balcão, a rede social é aproveitada pelo poder público não apenas para promoção institucional, mas como dispositivo de fiscalização e diálogo direto com a população.
    Exemplos como o monitoramento do congestionamento e blitze via Twitter, denúncias e atendimento à população por meio de comunidades do site de relacionamentos Orkut demonstram como as redes sociais estão influenciando e modificando a perspectiva do trânsito.
    Para poder falar com um perfil em especial, os órgãos públicos estão utilizando, cada vez mais, as redes sociais. Em São Paulo, o Metrô, Polícia Militar e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), monitoram redes sociais como Facebook, Twitter e Orkut e conseguem melhorar o atendimento ao cidadão.
    Segundo o Detran/ES, no Brasil, 83% dos envolvidos com acidentes em trânsito são homens com idade entre 18 e 29 anos. Durante algum tempo, o grande problema foi como acessar esse público. Agora, como forma mais efetiva de levar informações sobre e orientações, os órgãos relacionados ao trânsito deram início a um verdadeiro marketing de guerrilha contra a imprudência e falta de responsabilidade dos motoristas e pedestres, utilizando campanhas online.
    No Rio de Janeiro, a história do publicitário que utilizava o Twitter entitulado “Lei Seca RJ” expressa bem como esses meios podem ser utilizados para o bem ou para o do trânsito. Antes, ele avisava aos condutores alcoolizados onde estavam sendo realizadas blitze. Depois, acabou juntando forças ao deputado Hugo Leal, criador da referida.lei, e passou a divulgar mensagens educativas.
    Segundo o parlamentar, há pontos negativos sobre o uso de redes sociais como meio de informação sobre o trânsito, mas eles não diminuem a necessidade de inserção dos órgãos nessas mídias: “O trânsito, o maior espaço democrático que existe, em que pessoas de todos os tipos convivem, não pode ficar à margem desses recursos de integração e inter-relacionamento pessoal. Com o passar do tempo, a sociedade vai compreender melhor o alcance e a importância desses meios, não só como difusão dinâmica de informações e de relacionamento pessoal mas, principalmente, como serviço de utilidade pública”, analisa.
    O deputado vislumbra ainda, em um futuro próximo, a otimização e oficialização desses serviços: “Penso que, em breve, teremos GPS automotivos com links diretos para esse tipo de informação. É a tecnologia ‘embarcada’ a serviço da segurança, comodidade e mobilidade do cidadão motorista”, diz.
O Detran do Espírito Santo também colhe bons resultados a partir de ações estratégicas online. O órgão trabalha, desde março deste ano, com seu público por Twitter, Orkut e Youtube. “Buscamos uma agência especializada, treinamos nossos colaboradores e criamos várias ações para estimularmos a mudança de comportamento e mobilização social. Em uma das ações, criamos um perfil no Twitter sem a marca institucional do Detran. Pudemos perceber que a aceitação e a interação foram maiores”, conta Margô Devos, gerente de comunicação do órgão.
    Margô explica que agora todas as campanhas de educação tem planejamento online: “Qualquer ação que envolva mudança de comportamento e mobilização social, que é o objetivo maior da educação de trânsito, não tem alternativa, a não ser conhecer e utilizar as redes sociais. Atingimos um público mais jovem do que conseguíamos com a mídia convencional, que abraçou o tema e multiplicou as informações”, conta.
    Questionada sobre a forma ideal de utilização das mídias sociais para interação no ambiente de trânsito, a gerente de comunicação do Detran/ES traça um panorama das barreiras que o órgão enfrentou. “Foi necessário fazer um exercício de desprendimento para abrir a discussão e ficar preparado para ouvir e responder. No nosso projeto não inserimos a marca do DETRAN e monitoramos os resultados dos comentários”. Segundo ela, em breve o projeto será levado para as escolas do ensino médio e faculdades, estimulando a produção de material para inserção nas redes. “A marca do DETRAN não aparece ostensivamente. O nosso objetivo é provocar a discussão entre os usuários da Rede e não `vender` o órgão”, pondera Margô.


Campanhas de educação voltada para a wb deram resultado com o perfil de motorista que mais morre e mais mata no trânsito.

Saiba mais
ENDEREÇOS DAS REDES QUE O DETRAN/ES UTLIZA PARA INTERAÇÃO COM OS INTERNAUTAS
Twitter: @detranes @ligadotransito
Sites: www.ligadonotransito.com.br e www.eudecidipelavida.com.br
Orkut: Ligado no transito (comunidade)
Facebook: Ligado no transito (perfil)

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