É sempre bom fazermos uma reflexão e colocar a seguinte indagação: será que conseguiremos deixar um planeta habitável para os nossos netos? Se caminharmos mais, se pedalarmos e utilizarmos o transporte coletivo reduzindo o uso dos automóveis mudando nossos hábitos de deslocamento certamente estaremos dando nossa cota de contribuição para um planeta mais habitável no futuro.
Até recentemente as preocupações com a questão ambiental limitavam-se às campanhas para salvar um animalzinho da extinção ou à preservação de alguma bela paisagem. A natureza parecia tão forte que era difícil imaginar que nossos hábitos de vida pudessem afetar a vida do planeta de forma tão significativa.
No entanto, o cenário mudou. Um número reduzido de humanos vem causando danos potencialmente irreversíveis à terra, esgotando seus recursos, poluindo, matando e agregando um risco significativo ao futuro de muitas espécies. Minimamente podemos afirmar que no futuro a vida será difícil para a espécie humana. Fundamentalmente, o planeta em si resistirá, pois ele já passou por muitas alterações. É a nossa vida que corre perigo.
Brasil
O Brasil ocupa o 17º lugar na lista dos países que mais poluem. Nem por isto nós, os moradores das cidades, e que representamos 80% dos brasileiros iremos cruzar os braços e deixar de ser pessoas ambientalmente responsáveis considerando, por exemplo, que atualmente o tráfego urbano motorizado é o maior problema ambiental da Grande São Paulo. Não podemos suportar o aumento constante dos níveis de contaminação do ar, dos níveis de ruído e o elevado consumo de combustíveis não renováveis assim como ocupação de áreas urbanas que poderiam ser destinadas para outros usos. Os problemas de congestionamento e acidentes são consequência da atual estruturação urbana.
Cabe a cada um de nós esmiuçarmos soluções e adotar ações pessoais, além de cobrar dos governantes o repovoamento de áreas vazias e subutilizadas, a melhoria da mobilidade, a priorização do transporte coletivo e ações que promovam a proximidade do emprego em relação à moradia, recuperação de calçadas e travessias, a construção de ciclovias e, de quebra, o necessário aumento da drenagem com mais áreas verdes e parques.
São Caetano do Sul
Entre as ações que tornam as cidades lugares “verdes” estão, a meta de eliminar o consumo de combustíveis fósseis reduzindo as emissões de CO2, a excelência em transporte público e o aumento da quantidade de áreas verdes e recreativas. Neste sentido, parabenizo a Prefeitura de São Caetano do Sul que está entregando à população neste domingo (4/9), às 11h30, a ampliação da Praça dos Imigrantes (Oswaldo Martins Salgado) e a 2ª Fase do Parque Linear da Avenida Kennedy/Tijucussu, no Bairro Olímpico. A grande intervenção realizada no local garantiu 40% mais área verde para os moradores; playground infantil e da longevidade; quase dois quilômetros de ciclofaixa; mais segurança nos cruzamentos, com as lombofaixas; restauração do Monumento dos Imigrantes com iluminação colorida na fonte; implantação de nova sinalização viária vertical e horizontal; obras de drenagem; e nova iluminação. Desta forma, há uma contribuição efetiva para recuperar a qualidade de vida na região.
Então, vá conferir pedalando sua bicicleta pela Tijucussu. E você motorista, lembre-se de respeitar a bicicleta no trânsito.
Cristina Baddini
Consultora do Diário do Grande ABC, Diretora da ONG Rua Viva, Assessora do MDT
cristinabaddini@dgabc.com.br; blog: http://olhonotransito.blogspot.com
Nascemos do ideal por um transitar seguro e há três décadas nossos valores e pioneirismo nos permitem atuar no mercado de ITS atendendo demandas relativas à segurança viária, fiscalização eletrônica de trânsito, mobilidade urbana e gerenciamento de tráfego.