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O trânsito está mais assassino e a criminalidade não para de crescer, por Walmir Miranda

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TRÂNSITO ASSASSINO E CRIMINALIDADE EM ALTA (1)
    Não se tem como pensar diferente diante do cenário que aí está. Cenário é mostrado diariamente pelos órgãos de comunicação. E que não se venha com informações outras que provem o contrário, porque será mentir para a população.
    O trânsito de Porto Velho está mais assassino do que nunca.
    Na outra ponta da questão, o que se vê é o recrudescimento da criminalidade em todas as partes da Capital e seus arredores. A população está apavorada, sem saber a quem apelar para sair dessa verdadeira “sinuca de bico“.
    Seguinte: se o cidadão sai de sua residência é vítima da violência no trânsito, principalmente pelas centenas de vias que não dispõem de uma sinalização decente e segura. Concorre para isso também às centenas de crateras que existem nas esquinas dessas mesmas vias públicas à espreita de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Além de buracos enormes no meio de avenidas principais como a Nações Unidas, Vieira Cahulla, Calama, Jatuarana, Raimundo Cantuária, Rio de Janeiro, Amazonas, dentre outras.
    E não é só isso, não. Se o cidadão fica dentro de casa os marginais invadem para assaltar e tirar-lhe o que levou anos para amealhar em anos de trabalho e muito suor.
    E ainda tem a questão do narcotráfico que está invadindo todos os lugares, arruinando vidas e expondo as organizações de segurança a um verdadeiro deboche, tamanha a quantidade de “bocas de fumo“ existentes na cidade de Porto Velho e em alguns de seus distritos mais habitados.

TRÂNSITO ASSASSINO E CRIMINALIDADE EM ALTA (2)
    Mas voltemos ao ponto central desta coluna: trânsito assassino e criminalidade em alta.
    O grande número de acidentes envolvendo motoristas e motociclistas, em Porto Velho, está deixando a população em pânico. Para se ter uma idéia dessa malfadada realidade, atualmente a cidade conta com cerca de duas mil quadras e cerca de seis mil ruas, avenidas e vielas. A frota de veículos como se sabe já ultrapassou a marca das 150.000 unidades, além das mais de 150.000 bicicletas.
    Por isso mesmo, todos os dias, sinistros de trânsito ocorrem mutilando ou matando motoristas, pilotos e ciclistas (e seus caronas), além de transeuntes que não prestam atenção ao trânsito caótico que aí está.
    Cabendo aqui um destaque: no caso dos mototaxistas, os caronas recebem a denominação de passageiros, ou seja, gente que utiliza esse tipo de veículo para se deslocar de um ponto a outro, paga por esse tipo de trabalho, porém, finda ajudando a enriquecer os “papa defuntos“, ou seja, os donos de funerárias, que estão cada vez mais ricos, graças aos incontáveis acidentes de trânsito e ao recrudescimento da violência na Capital, onde os marginais estão “brincando da pira“ e gozando da cara da população.

TRÂNSITO ASSASSINO E CRIMINALIDADE EM ALTA (3)    
    Prova incontestável dessa realidade consta das estatísticas do Detran e da Delegacia de Acidentes de Trânsito (DAT).
    Os registros mostram que as causas mais constantes de tantos acidentes são: imprudência ao volante, excesso de velocidade nas vias públicas e o desrespeito constante à sinalização de trânsito, além de pessoas inabilitadas para conduzir veículos automotores teimando em fazê-lo e colocando em risco suas vidas e as vidas dos transeuntes.
    A imprudência ocorre pelo exibicionismo de muitos motoristas e pilotos de motos, que esquecem do tamanho da responsabilidade que têm em suas mãos. Eles teimam em ziguezaguear pelas vias públicas, na ânsia de ganhar tempo para chegar a algum ponto da cidade, seja de dia ou à noite. Porém, quase sempre findam se deparando com a morte, e partindo dessa para melhor, como diz o adágio popular.
    Por outro lado, o excesso de velocidade desenvolvido pelos automóveis e motocicletas parece ser uma espécie de fobia, seja entre homens, seja entre mulheres. Muitos dos quais mostram não ter conhecimento mínimo das normas de trânsito.
    Essas coisas, portanto, fazem aumentar as possibilidades de se envolverem em acidentes e de se depararem com a morte.
    Morte que como todos sabem é um caminho sem volta. A não ser quando Jesus Cristo voltar para arrebatar os seus para o Paraíso Eterno.

TRÂNSITO ASSASSINO E CRIMINALIDADE EM ALTA (4)
    Mas não se pode ignorar, também, a questão do desrespeito à precária sinalização de trânsito da cidade de Porto Velho, quer seja na sua região central ou nas periferias mais distantes, onde os munícipes estão mesmo entregues à sua própria sorte.
    Prova disso é que, como que por brincadeira, motoristas e motociclistas trafegam pela contramão das vias públicas, em pontos inadequados e perigosos, além de passarem nos semáforos com o sinal fechado (vermelho).
    E quando são advertidos por algum transeunte costumam retrucar com palavrões e outras ofensas. Muitas brigas no trânsito já se registraram por conta desse tipo de comportamento de motoristas e pilotos mal educados.
    E tome violência, acidentes e mortes.

TRANSITO ASSASSINO E CRIMINALIDADE EM ALTA (5)
    Quanto à criminalidade, quem quiser tirar suas dúvidas de que a situação é simplesmente deplorável é só acompanhar o que está sendo divulgado através das rádios, jornais, televisões e sites. Todos os dias lá estão os registros de mortes misteriosas, gente portando armas de fogo e armas brancas; venda e consumo de drogas; assaltos; seqüestros; pedofilia; prostituição infanto-juvenil; confusões; roubos e bebedeiras.
    A impressão que a população está tendo é que os bandidos, aos poucos, parecem estar superando as organizações de segurança (polícias civil e militar), que ultimamente estariam mais interessadas em obter reajustes salariais e vantagens para os seus profissionais, do que ficar correndo atrás de bandidos.
    Aliás, isso ficou provado, recentemente, quando de forma ostensiva e aberta às polícias Civil e Militar demonstraram estar insatisfeitas, por isso ficaram contra o governo do Estado e ajudaram à oposição massacrar nas urnas a tentativa de reeleição do atual governador.
    Só que é preciso não esquecer que, a população que paga pesados impostos e contribui para o pagamento dos salários dos integrantes das corporações de segurança, não pode ficar “entregue às moscas“ e muito menos sujeita às ações dos marginais, sem ter quem a defenda como manda a Constituição Federal e a Constituição Estadual.
    Talvez por isso, a sociedade já esteja pensando em rever outra sistemática de segurança pública para protegê-la.
    E diante do que aí está esse posicionamento da população faz sentido. Por que, de que adiante dizer que se tem polícia, se são os marginais estão “levando a melhor“ contra os cidadãos de bem?  Essa é a pergunta que não quer calar.
    É bom, portanto, que o novo governador do Estado de Rondônia vá se preocupando com isso, enquanto é tempo. Para não viver igual pesadelo, lá adiante.

A CULPA SERIA DO CÓDIGO DE POSTURA?
    Muitos dizem que, essa, sem dúvida seria uma das muitas demonstrações de incompetência da administração municipal de Porto Velho, que acerca de seis anos está nas mãos do Partido dos Trabalhadores (PT).
    Porque se escuta isso em muitas partes do município?
    Porque o Código de Postura do Município de Porto Velho, segundo consta, é de 1972, como alguns órgãos de comunicação já divulgaram. Portanto, no entender de muitos estaria caduco, ou seja, estaria desatualizado.
    Quer dizer, não se está levando em conta o “boom“ de progresso e desenvolvimento que o Estado atingiu, principalmente a sua capital: Porto Velho, cuja população está vivendo espremida em pouco mais de duas mil quadras urbanas, uns cem bairros (oficiais) e mais de 400.000 habitantes, além de uma força eleitoral de mais de 270.000 eleitores.
    Por isso, o caos que se registra no trânsito automobilístico, por falta de escoadouros para a frota que já supera os 150.000 veículos entre automóveis e motocicletas, além das mais de 150.000 bicicletas que ajudam a piorar a situação, já que os ciclistas não respeitam às normas de trânsito, embora estejam sujeitos às suas sanções.
    Não é preciso ser gênio para perceber que as adequações à nova realidade social e econômica do município são necessárias e urgentes. O retrato dessa realidade é que, certas fatias do empresariado está se apoderando dos passeios públicos, como se fossem uma extensão de seus negócios (comércios). É isso que se vê por muitas partes da cidade.
    Um desses tristes exemplos está na denominada “calçada da fama“, na Av. Pinheiro Machado. Alguns empresários ali estabelecidos deveriam utilizar apenas 90 (noventa) centímetros de calçada à frente de seus estabelecimentos, e deixando o restante (da área de calçada) para o livre trânsito das pessoas.
    Porém, isso não está sendo respeitado.
    A prefeitura parece ignorar essa realidade, e não faz respeitar o direito dos cidadãos conforme especifica o Código de Postura de Porto Velho. Quer dizer, alguém está burlando a Lei. Mas a administração municipal não faz nada para mudar aquele vexatório quadro.
    Por quê?  Só Deus sabe…

PARA UMA PEQUENA REFLEXÃO
    As escravidões modernas, às vezes, são piores do que as antigas.
    Por exemplo: a exploração desumana, com o consenso de uma sociedade destruída e egoísta, a saber: das crianças, das mulheres, do trabalhador analfabeto e incapaz de se defender, dos migrantes levados pela fome a deixar sua terra.
    Por isso, não podemos nos esquecer que, a sociedade é dominada por três desejos: 1) O lucro: 2) O poder; 3) O prazer.
    São esses desejos que programam o trabalho de menores, a exploração, a prostituição, a venda e o consumo de drogas, o turismo sexual e as demais formas de escravidões.
    Também em nossas casas “essas escravidões“ habitam nas formas de: consumismo exagerado, consumo de drogas alucinógenas, ingestão de álcool, jogos de azar, falta de diálogo, falta de tolerância no seio da própria família. Essas coisas são igualmente formas individualizadas de escravidão, que muitas vezes não percebemos, apesar de estarem diante de nossos olhos.
    Tudo causado pela ausência de Deus em nossas vidas.
    Fazer o quê, se Deus concedeu ao ser humano o livre arbítrio para escolher o caminho que melhor lhe apetecer?

Walmir Miranda

Originalmente publicado no jornal Rondônia Agora em 06/11/2010.

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