Amanhã é Dia do Meio Ambiente e é sempre bom que se faça uma reflexão se vamos conseguir deixar para nossos netos um planeta habitável. Será que realmente faz diferença se nós caminhássemos mais, se andássemos mais de ônibus, se dirigíssemos menos automóveis? Será que nossos hábitos de deslocamento e consumo realmente afetam o planeta?
Até bem recentemente as preocupações com a questão ambiental se ocupavam com campanhas para salvar um animalzinho da extinção ou preservar uma bela paisagem. A natureza parecia tão forte que era difícil imaginar que nosso estilo de vida pudesse afetar a vida do planeta de forma tão significativa.
No entanto, o cenário mudou. Um número reduzido de humanos vem causando danos potencialmente irreversíveis a Terra, esgotando seus recursos, poluindo, matando e colocando um risco significativo ao futuro de todas as espécies. No mínimo a vida será difícil para a espécie humana. Fundamentalmente, o planeta em si resistirá, pois ele já passou por muitas alterações. A vida corre perigo.
Brasil
O Brasil ocupa o 17 lugar na lista dos países que mais poluem, devido principalmente ao desmatamento e às queimadas. Nem por isto nós, moradores das cidades, que representamos 80% dos brasileiros vamos cruzar os braços e deixar de ser pessoas ambientalmente amigáveis, pois hoje o tráfego urbano motorizado é o maior problema ambiental da Grande São Paulo. Não podemos suportar o aumento dos níveis de contaminação do ar, dos níveis de ruído e o elevado consumo de combustíveis não renováveis assim como ocupação de áreas urbanas, que desta forma não podem ser dedicadas para outros usos. Os problemas de congestionamento e acidentes são outros dos efeitos derivados da atual estruturação urbana.
Cabe a cada um de nós esmiuçarmos soluções e ações pessoais, além de cobrar dos governantes o repovoamento de áreas vazias e subutilizadas, melhoria da mobilidade, priorização do transporte coletivo e ações que promovam a proximidade do emprego em relação à moradia, recuperação de calçadas e travessias, construção de ciclovias e, de quebra, aumento da drenagem, as áreas verdes e dos parques.
Europa
Para estimular a adoção de medidas capazes de tornar as cidades da Europa mais sustentáveis e com melhor qualidade de vida para seus moradores, a Comissão Européia lançou um prêmio que irá atribuir todos os anos, a partir de 2010, o título de Capital Verde de Europa.
O prêmio europeu foi concebido às cidades com mais 200 mil habitantes que tenham demonstrado atingir um recorde bem definido em termos de elevados padrões ambientais e estejam empenhadas em continuar trabalhando para alcançar objetivos ambiciosos, relacionados com melhorias para o desenvolvimento sustentável.
Trinta e cinco cidades se candidataram ao título de 2010 e a vencedora de 2010 já tem nome: Estocolmo, na Suécia. Ela foi escolhida por um painel de peritos ambientais e um júri. A cidade será o exemplo a ser seguido por outras cidades européias.
Entre as ações que tornaram essas cidades lugares tão “verdes”” estão a meta de eliminar o consumo de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de CO2 em 80% até 2050, a alta qualidade do ar, grande quantidade de áreas verdes e recreativas, planos de preservação da água e excelência em transporte público.
Cristina Baddini Lucas - 
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