por Alex João Costa Gomes*
Alguns números envolvendo crianças vítimas fatais ou não de acidentes de trânsito têm chamado a atenção daqueles que querem ver o trânsito brasileiro melhor e mais seguro, onde a cultura da paz impere e a vida esteja em primeiro lugar. Segundo colaboradores de Segurança Viária das Nações Unidas, por ano no Brasil 15 mil crianças são hospitalizadas e aproximadamente cinco vão a óbito por dia nas vias brasileiras. Para a Seguradora Líder – DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) seis crianças morrem e outras 51 ficam feridas diariamente vítimas de acidentes de trânsito no país. São informações levantadas até 2014.
Entre as questões que provocam esses acidentes fatais ou não, estão o descuido por aqueles que deveriam ser os primeiros a atentarem para a segurança de nossas crianças no trânsito brasileiro, ou seja, os pais ou responsáveis por aqueles que serão o futuro do Brasil. Quer seja por descuido não intencional ou por falta de informações acerca do assunto, ocorre que nosso futuro se perde no meio do caminho, pois muitas de nossas crianças estão sendo hospitalizadas ou sepultadas vítimas da violência no trânsito do país. Medidas simples podem ser adotadas e assim teremos uma redução nesses números que hoje são indigestos.
Observem alguns erros comuns:
– Adultos utilizando o cinto de segurança enquanto que as crianças viajam soltas, sem segurança alguma no banco traseiro;
– Crianças sentadas no banco da frente juntamente com adultos, às vezes sem o cinto de segurança ou usando o mesmo em ambos;
– Crianças atrás viajando em pé, sem segurança alguma e com a cabeça entre os dois bancos dianteiros;
– Crianças sentadas no mesmo banco do motorista;
– Adultos transitando pelas ruas ou estradas com as crianças do lado da via enquanto que os adultos vão do lado da calçada ou do acostamento;
– Crianças sendo transportadas irregularmente em motocicletas;
– Crianças viajando com a cabeça para fora da janela do veículo no banco da frente e/ou traseiro.
Esses são apenas alguns erros cometidos na condução das crianças em nosso trânsito, o leitor pode conhecer outros mais que colocam em risco a vida de nossos pequeninos. Adotar uma cultura de prevenção é possível sim, e agindo assim, respeitando as normas que regulam as relações no trânsito e colocando a vida em primeiro lugar, no caso específico das crianças, iremos contribuir efetivamente para a segurança viária em nosso país, até porque o trânsito que queremos somos nós que construímos.
*Alex João Costa Gomes
Bacharelado e Licenciatura Plena em História (UNIFAP 2001); Policial Militar e ex-diretor-Presidente do Detran/AP (ajoaogomes@bol.com.br)
Nascemos do ideal por um transitar seguro e há três décadas nossos valores e pioneirismo nos permitem atuar no mercado de ITS atendendo demandas relativas à segurança viária, fiscalização eletrônica de trânsito, mobilidade urbana e gerenciamento de tráfego.