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Brasil na liderança com os pets, mas muitos tutores ainda desconhecem as normas de transporte

Os animais podem ter comportamentos imprevisíveis, o que traz riscos para a segurança no trânsito
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Cachorro não pode ser transportado no banco da frente. O modo correto é preso no cinto de segurança ou na caixa de transporte no banco de trás Crédito: Pixabay

Em 2022 o Brasil foi considerado o país com mais animais de estimação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), esse total chega a 139,3 milhões de bichinhos entre cães, gatos, peixes e tantos outros.

Essa parceira de carinho e muito afeto entre humanos e seus pets também é provada no trânsito. Seja para um atendimento veterinário, até mesmo transporte diário para escolas e creches para pets, não há como negar: eles já fazem parte do dia a dia do trânsito no país. Atenta a esse cenário,  a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) disponibiliza para o público uma diretriz que estabelece normas para o transporte seguro de cães e gatos nos diversos meios de transporte, especialmente, veículos de passeio. “Nossa missão é apoiar a sociedade, o cidadão, em todos os campos pertinentes, sempre em busca de levar mais segurança e tornar o trânsito mais saudável”, justifica Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.

O estudo destaca que os animais podem ter comportamentos imprevisíveis, que variam conforme os níveis de tensão e ansiedade aos quais são expostos, o que traz riscos para a segurança no trânsito; riscos que são potencializados quando os bichinhos não estão adequadamente acomodados.

Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, explica que a gravidade de um sinistro causado por essas razões “alcançam desde o próprio animal, até seu tutor/condutor, e demais usuários das vias, por isso exigem prevenção. Ser tutor requer também responsabilidade no transporte do pet o que está previsto no Código de Trânsito Brasileiro”, comenta.

Estar bem-informado é segurança para todos

Os especialistas da Abramet e Abrapet recomendam que cães e gatos devem estar de peitoral e guia adaptada ou caixas específicas de transporte individuais para fixação ao veículo. Dessa forma, em uma possível frenagem mais brusca, o pet não será lançado contra as partes internas do veículo ou contra o condutor e passageiros. É importante o uso de peitoral e não de coleira simples, para evitar estrangulamento ou lesões na cervical do animal.

Caso o pet seja levado de forma incorreta, além dos riscos de acidentes, o motorista está sujeito à multa prevista no Código de Trânsito Brasileiro. Para cada uma das condutas, há uma penalização. O artigo 169 do CTB prevê infração leve e três pontos na carteira para ato de dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança, onde se enquadra o transporte de pet solto no veículo. Já o art. 235 ressalta a proibição de transporte na parte externa do veículo, seja no teto, seja no capô, ou com a cabeça para fora da janela ou de qualquer parte do veículo; caso isso ocorra será multa grave e cinco pontos na habilitação. Por fim, o art. 252 enquadra como ilegal levar os animais no colo ou à sua esquerda, junto à janela, como multa média e quatro pontos na CNH.

Como transportar pet com segurança:

  • Não o deixe solto nem sozinho no carro;
  • Não coloque o pet no porta-malas nem solto na caçamba;
  • Certifique-se de que o item de segurança escolhido é adequado ao porte do pet;
  • Se o caminho for longo faça paradas para que o pet não passe mal;
  • Alimente-o até 4h antes de sair com o carro;
  • Mantenha o interior do veículo em temperatura agradável.
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