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Você trocaria o carro por uma bicicleta?

por Roberto Brederode*

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Cada vez mais cresce o número de adeptos da bicicleta como meio de locomoção para fugir dos congestionamentos nas grandes cidades do mundo, seja em trechos curtos, médios ou longos. No Brasil, não é diferente e mesmo com sistemas aquém dos operados em países mais desenvolvidos, algumas prefeituras – de certa forma – estão persuadindo o cidadão a ampliar o número de pedaladas, caso de São Paulo e Campinas por exemplo.
Na capital, o incentivo vem por meio de novas ciclovias, ciclorrotas como a que acaba de ser inaugurada possibilitando a interligação da Estação Butantã, da Linha 4 do Metrô, com a Cidade Universitária na Zona Oeste. O trecho terá 840 metros de ciclovia, que será aberto aos ciclistas em comemoração ao “Dia Mundial Sem Carro”.
Em março, a prefeitura paulista já havia entregue a Ciclofaixa de Lazer com 15 quilômetros de extensão ligando parques das zonas sul e oeste, podendo ser utilizada nos finais de semana. Além disso, novos bicicletários estão sendo abertos em pontos estratégicos e o ciclista pode transportar sua bicicleta em vagões do Metrô e da CPTM.
Para confirmar essa tendência, a Pesquisa Origem e Destino (O/D) do Metrô revelou que nos últimos anos o volume de pessoas que passaram a utilizar a bicicleta como alternativa de transporte já ultrapassou a casa dos 88 mil, realizando 304 mil viagens diárias nas ruas e avenidas da capital paulista.
Segundo o levantamento, o principal motivo para o uso de bicicletas, nos dias úteis, é o trabalho, com 71%. O segundo é a educação, com 12%, seguido por lazer, com 4%. A pesquisa também trouxe um dado relevante sobre a posse de bicicletas por família. Do total de 5,7 milhões de famílias residentes na metrópole, uma em cada quatro possui uma bicicleta e uma em cada dez possui mais de uma.
Do total diário de viagens realizadas por bicicletas, 25% ocorrem entre 6h e 8h, 25% entre 17h e 19h e os 50% restantes diluídos ao longo do dia. Pela manhã, a hora de pico das viagens por bicicleta ocorre entre 7h e 8h, e à tarde entre 17h e 18h, quando são produzidas 49.070 deslocamentos.
A maioria das viagens realizadas por bicicleta (78%) tem duração de até 30 minutos, o que indica que os ciclistas percorrem trajetos mais curtos.
Com durações entre 30 e 60 minutos, a pesquisa mostra que 19% das viagens e apenas 3% dos trajetos têm duração superior a uma hora.
Atualmente, os ciclistas têm à disposição 40 bicicletários na Região Metropolitana de São Paulo: 15 no Metrô, com 420 vagas, 22 na CPTM, com 6.000 e seis na EMTU, com 955 vagas. Juntos, eles oferecem mais de 7.300 vagas.

Campinas

Nesta quarta-feira, 21, a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) sediou o 6º encontro do ano do “Ciclo Conversas sobre a Mobilidade Urbana”, que objetivou demonstrar o papel da bicicleta nos centros urbanos.
Executivos destacaram a importância do incentivo a esse meio de transporte, principalmente como alternativa para diminuir o número de veículos particulares nas vias. A empresa está finalizando o Plano Cicloviário para Campinas.

 

*Roberto Brederode
Chefe de gabinete, deu alguns detalhes do projeto. “Basicamente, a intenção é construir uma grande rede de ciclovias e ciclofaixas, interligadas com o sistema de transporte público coletivo; e, em locais estratégicos como terminais urbanos, estações de transferências, escolas, postos de saúde, creches, bosques, praças e teatros, instalar bicicletários”.

Originalmente publicado no site da WebTranspo em 22/09/2011.

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