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Reflexão pós Carnaval

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    A folia do Carnaval costuma atropelar todos os parâmetros do bom senso e do comedimento. Tudo parece ser permitido, inclusive beber à vontade e depois dirigir. Transgredir a chamada Lei Seca é uma infração classificada como crime, com pena de reclusão. Todos sabem que o consumo de bebidas alcoólicas constitui-se em relevante problema de saúde pública, pois apresenta como consequências diretas o surgimento de doenças cardiovasculares, neoplasias, transtornos de comportamento, acidentes de trabalho, agressões homicídios e suicídios e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o uso de bebidas alcoólicas é responsável pela metade das mortes nos acidentes de trânsito.

Houve Redução
    Desde a implantação da mencionada Lei  ocorreu uma significativa redução de acidentes e mortes nos acidentes de trânsito em todas as regiões do país. Segundo os dados de 2007 /2008, a maior redução é observada nas capitais das Regiões Norte (-28%), Nordeste (-27,2%), seguido das regiões Sudeste (-21,7%), Centro-Oeste (-20,2%) e Sul (-17%).
    Também, para o conjunto destas capitais brasileiras, houve uma queda de 17,4%na freqüência mensal de internações hospitalares por acidentes de trânsito na rede credenciada do SUS e antes da Lei Seca havia uma tendência de aumento de internações.
     Tais resultados demonstram que a Lei vem protegendo a vida. Contudo, no Carnaval a epidemia de ingestão de álcool  ultrapassa todas as regras de convivência em sociedade, fazendo uma quantidade enorme de vítimas, principalmente jovens, entre 18 e 25 anos, que morrem ou ficam feridos com sequelas permanentes.
    Mas, o que fazer? É fundamental, portanto a interferência dos pais, professores e gestores urbanos na indução da mudança de hábitos e comportamentos, tornando segura a vida dos jovens e adolescentes. É proibido fazer besteiras e provocar acidentes. As pessoas têm que sentir um constrangimento ético quando insistirem em beber e dirigir.

Outras ações
    Anualmente é registrado 1,5 milhão de acidentes de trânsito no Brasil, com cerca de 400 mil pessoas feridas, resultando na morte de 35 mil pessoas.  Aproximadamente 7.5 milhões de pessoas se envolvem de alguma forma, em acidentes de trânsito no período de um ano. Este é um problema que o país precisa enfrentar de forma decidida e rápida, pois o contínuo aumento da frota tende a fazer crescer esse terrível número, se não forem tomadas providências para atacar as causas.
    As estatísticas mostram que a imprudência dos motoristas e as más condições dos veículos, complementadas por falta de educação para o trânsito e problemas nas rodovias também provocam acidentes.
    Mudar essa estatística negativa também depende do aumento da fiscalização sobre os condutores e seus veículos. Mas, para erradicar a violência no trânsito é preciso uma mudança cultural em toda a sociedade. Exija das autoridades uma nova postura, uma atitude mais firme em defesa da vida. O trânsito seguro é um direito do cidadão e um dever do Estado. Portanto, a segurança no trânsito é uma política pública de responsabilidade dos municípios, estados e União.  E você, faça sua parte colabore com a instauração da Paz no Trânsito na nossa Região.


Cristina Baddini Lucas –  Engenheira Civil, Mestre em Transportes e Trânsito, Consultora do Diário do Grande ABC.
cristinabaddini@dgabc.com.br
blog: htp://olhonotransito.blogspot.com&nbsp

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