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Paz na vida: paz no trânsito

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    Difícil não se envolver com a discussão sobre a catástrofe decorrente dos acidentes de trânsito no Brasil. Por outro lado, tanto já foi publicado sobre o tema que pode parecer exagerada pretensão pensar que ainda há algo novo a ser dito. Mesmo ciente disto, arrisco-me a escrever sobre o assunto.
    O título, Paz na vida: paz no trânsito poderia ser apenas Paz no trânsito. Então por que acrescentei paz na vida? Porque não acredito que o problema da violência no trânsito seja algo que se restrinja aos limites das ruas, das rodovias e de nós motoristas, com nossos potentes e sofisticados carros. Aqui faço a primeira advertência: escrevi “nós motoristas”, pois, é muito comum nos referirmos aos motoristas como “os outros motoristas””. Com isto, consciente ou inconscientemente, nos auto-excluímos deste grupo e delegamos toda a responsabilidade sobre o que de ruim acontece aos outros motoristas, ao governo que visa arrecadar mais impostos, à indústria automobilística e, raramente, nos colocamos como co-responsáveis pela tragédia que estamos vivendo. Agimos como se fôssemos meros espectadores, quando não, as únicas vítimas. Em segundo lugar, convido a pensarmos sobre a quem delegamos a responsabilidade de ajudar a entender as origens de tanta violência e irresponsabilidade tão logo nos sentamos atrás do volante. Via de regra, delegamos essa tarefa aos policiais de trânsito, aos guardas de trânsito, enfim, às autoridades imbuídas de fiscalizar nossas ruas e rodovias. Não está errado que as mesmas fiscalizem nossas atitudes como motoristas. O que não está correto – nem com elas e nem conosco – é atribuir-lhes a responsabilidade de decifrar as origens de nosso comportamento. Afirmo isto por várias razões. Vou citar apenas duas. Primeira: esses policiais e agentes não têm as condições técnicas e a competência profissional para entender tão complexa teia de fatores sociais, psicológicos e culturais que acabam condicionando nossa ação cotidiana. Não recebem formação educacional suficiente para tanto. Sua formação é pensada para exercerem a fiscalização de nossa atuação como motorista e não a nossa educação como pessoas que, eventualmente, exercem a atividade de motoristas.
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