A realidade de gerir pessoas, humanizar relações à distância e manter os colaboradores engajados e com bons resultados em meio à pandemia
Curitiba, setembro de 2020 – Empresas de todos os segmentos precisaram se adaptar nesses seis meses de pandemia. Como a Perkons S.A, empresa brasileira pioneira em tecnologia para segurança e gestão de trânsito, atuando há 29 anos em um setor considerado de atividade essencial.
O processo de acompanhamento da pandemia pela empresa começou muito antes dela desembarcar por aqui. Tendo negócios internacionais, a Perkons monitorava a expansão do coronavírus pelo mundo. “Temos fornecedores e parceiros, principalmente na China, onde vimos ocorrer o primeiro lockdown. Antes disso já perguntávamos como estava a situação, mas, de repente, deixamos de conseguir fazer contato, e até psicologicamente fomos entendendo o que seria essa batalha contra o vírus”, conta Régis Nishimoto, diretor da Perkons.
O diretor ainda testemunhou o fechamento de fronteiras. “Eu estava no aeroporto do Peru, retornando de um compromisso profissional, dois dias antes do fechamento completo das fronteiras, quando vi pela primeira vez as pessoas paramentadas”, conta.
Os momentos de tensão deram lugar a estratégias compartilhadas entre a equipe gerencial, para as decisões que precisariam ser tomadas. “Foi um momento de mudanças de paradigmas para todos. Rapidamente juntamos toda nossa capacidade de inovação, tecnologia e habilidade de lidar com as situações mais complexas e aplicamos na própria empresa. Todos os colaboradores que podiam iniciar trabalho em home office imediatamente passaram a fazê-lo, ficando na empresa apenas equipe fabril e de suporte em campo, nas vias e estradas às quais oferecemos monitoramento constante”, explica.
Nishimoto conta que a adaptação foi bastante rápida. “Para a equipe de desenvolvimento, com atuação mais tecnológica, foi mais fácil, pois alguns deles já falavam da vontade de trabalhar de qualquer lugar. Mas 100% das equipes foram se adaptando a essa realidade. Claro, no primeiro mês tivemos ainda que lidar com a ansiedade geral, inclusive da equipe gestora. Havia, naquele momento, o receio de não se ter controle das atividades e das entregas. Porém, aos poucos, todos identificamos que as equipes estavam dando feedbacks e, na linha de direção e gerentes, começamos uma série de medidas de comunicação mais intensa, com vídeos explicando a situação da empresa, a forma de trabalho diante da pandemia e demonstrando que, mesmo de casa, a nossa missão de salvar vidas no trânsito continuava”, relembra.
Novo modelo de gestão e liderança
Dirlene Rosar, gerente de Recursos Humanos da Perkons, conta alguns dos desafios – inclusive próprios – do trabalho remoto. “Foi uma mudança radical para muitas pessoas, imagine para RH, acostumados ao contato diário com todos. No primeiro mês eu não tinha lugar para trabalhar, era como se não estivesse à vontade na minha própria casa; cheguei até a ficar debaixo da escada”, relembra rindo.
A gestora comenta que a grande preocupação inicial era de realizar entregas abaixo do que na empresa. “Entretanto, a sensação de desconforto e de insegurança logo se desfez e constatamos que, assim como encontrar um cantinho adequado, em pouco tempo era possível todos trabalharem e entregarem com qualidade. Até a equipe júnior do departamento de imagem, que sempre teve acompanhamento mais próximo na sede da empresa, com o trabalho remoto aumentou em 30% os seus resultados. Esse é apenas um exemplo de quão factível é manter a performance à distância, e nos ajuda a entender que já não faz sentido se locomover para ficar sentado na sala da empresa; isso não é mais necessário para diversas áreas”, diz.
A Perkons conquistou o selo GPTW (Great Place to Work ou Melhores Empresas Para Trabalhar) há três anos, mas, bem antes disso, já pensava na qualidade de vida dos colaboradores. “Há mais de 10 anos a empresa promove o trabalho em horário flexível. Mesmo cientes de que a pandemia “forçou” o trabalho remoto, muitos dos nossos profissionais estão satisfeitos com o novo regime. Fizemos uma pesquisa e, baseados nela e na experiência adquirida nesses meses, estamos desenvolvendo uma política que vai atender desde os que querem ficar em trabalho 100% remoto, até possibilidades com alguns dias na empresa outros em casa. Essa é uma tendência que veio para ficar”, avalia.
Humanização das relações via chat
O trabalho remoto também mostrou que as relações de solidariedade e parceria se tornaram mais fortes. Trabalhar em casa tem seus desafios, com família, filhos, pets, barulho do vizinho, e até mesmo os horários diferenciados dos supermercados nesse período de isolamento. Tudo que era invisível da mesa da empresa passou a ser vivido e visto por todos.
Danielle Rodrigues Dourado, coordenadora de Marketing da Perkons, diz sentir na pele as dificuldades do trabalho remoto com um filho de 2 anos e meio “preso em casa” em tempo integral. “Nas primeiras semanas me peguei fechando a porta do escritório e o deixando para fora, batendo e chorando, para atender ao telefone. Me dei conta que isso não era necessário, nem saudável, e mais, não havia motivos para que meus colegas não vissem minha realidade, pois muitos passam por essa mesma situação. Mudei minha atitude e o Arthur passou a participar de várias reuniões; reconhece as pessoas nas vídeochamadas e sempre quer saber quem está por lá falando comigo”, conta. “Numa reunião muito importante com diretores, gerentes e coordenadores, ele me pediu colo e acabou dormindo. Foi ótimo exercer meu trabalho e a maternidade, sem nenhum olhar de reprovação ou questionamento sobre minha capacidade. Comprovei nesses seis meses que somos uma empresa muito empática e humana; me sinto muito acolhida nesse momento”, revela.
Crédito: Divulgação/Perkons |
Reuniões com a participação dos filhos viraram rotina. |
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