Entre as ações que tornaram as cidades européias “amigáveis” estão a meta de eliminar o consumo de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de CO2 em 80% até 2050, a boa qualidade do ar, grande quantidade de áreas verdes e recreativas, planos de preservação da água e excelência em transporte público, além das ciclovias e ciclofaixas por toda a cidades.
O estímulo ao transporte não motorizado ajuda a proteger ao meio ambiente e ainda melhora o condicionamento físico da população. A bicicleta é um “veiculo de bairro”, pode percorrer território de 6 quilômetros de raio. Nestes curtos trajetos a segurança de circulação é fundamental. O importante nas nossas cidades é ter ruas “amigáveis” não necessariamente dotadas de ciclovias, infraestrutura que depende de poder-se dispor de espaços cada vez mais escassos, senão indisponíveis no viário – quase nunca dotadas de condições de abrigar ciclofaixas mas nas quais a baixa velocidade das bicicletas (15 a 20 km/h) não deveria ser ameaçada pela velocidade do tráfego, nos limites permitidos pelo Código de Trânsito Brasileiro – CTB, de 30 km/h em vias locais.
Evento em São Caetano
O Fórum Cidades Amigáveis é um evento da ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos em parceria com a Prefeitura de São Caetano do Sul e que tem por objetivo proporcionar a reflexão e a discussão sobre o uso do espaço viário. O evento irá fortalecer a ideia de ações mais saudáveis, como a caminhada e o uso da bicicleta, a rua como espaço de reencontros e de convivência. Não há nenhuma razão para que a lógica do uso irrestrito do automóvel prevaleça nas cidades.
Portanto, o I Encontro de Cidades Amigáveis proporá uma reflexão saudável e oportuna sobre a mudança cultural necessária para modificar os hábitos de deslocamento na metrópole.O evento deve iniciar às 9h da manhã do sábado, no campus II da USCS – Universidade de São Caetano do Sul, que fica na Rua Santo Antonio, 50 – Centro de São Caetano do Sul. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local.
Passeio Ciclístico
Para o domingo está previsto atividades ao ar livre na Av. Keneddy. Inicialmente acontecerá uma bicicletada e durante toda manhã as crianças poderão brincar com bicicletas da Secretaria de Mobilidade Urbana com monitores acompanhando as crianças.
Além da priorização dos lugares entre os deslocamentos e o habitat, na escala do projeto urbano, e também dos diferentes usos do espaço público, o I Encontro de Cidades Amigáveis proporá uma reflexão sobre as variadas formas de deslocamento na aglomeração urbana. Neste sentido será realizada uma atividade no domingo onde pessoas sem deficiência terão a oportunidade de enfrentar situações vividas diariamente por pessoas com deficiência visual, física ou auditiva. Serão utilizadas cadeiras de rodas, bengalas, vendas, protetores auriculares, etc e mostraremos às pessoas o quanto é importante um passeio público acessível.
Pedalar é bom
Não se exige dos ciclistas que tenham conhecimento prévio das regras de trânsito. Por isso é importante a montagem ações, programas educativos e campanhas permanentes sobre as técnicas do que é chamado de “pedal defensivo”. Os ciclistas em geral, aprendem, “na prática”, as regras de convivência no trânsito. O problema é que os motoristas também não têm nenhum treinamento para o “trafego compartilhado”.
Finalmente, pedalar é bom para todos. Se tivermos menos carros nas ruas, teremos mais espaço, mais qualidade de vida, um ar mais respirável e menos barulho, menos acidentes, menos estresse no trânsito. É preciso desenvolver um senso de cidadania, no qual cada um tenha consciência de seu papel no futuro do planeta.
É preciso ter ousadia no cotidiano e tentar se deslocar de uma maneira sustentável. Não deixe de acompanhar o evento!
*Cristina Baddini Lucas
Assessora do MDT, colunista do Diario do Grande ABC (Coluna De Olho no Trânsito)
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