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Fiscalização por videomonitoramento reduz acidentes nas rodovias

Em trecho do norte do Paraná, mortes diminuíram em 50% após a implantação do sistema

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A fiscalização e o controle do trânsito através de câmeras de videomonitoramento está crescendo no Brasil.  Passado mais de um ano da publicação da resolução nº 471 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regulamenta o monitoramento através de câmeras nas rodovias brasileiras e permite a aplicação de multas, os resultados são evidentes. No Paraná, o trecho da BR 369, entre Ibiporã e Arapongas, monitorado pela delegacia de Londrina teve redução das mortes em 50% após a implantação.

Dados da Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF-PR), em um dos trechos fiscalizado pela delegacia de Londrina, no norte do estado, o videomonitoramento iniciou em dezembro de 2014 e, nos primeiros quatro meses, reduziu a quantidade de acidentes em 30,65%, em comparação com o mesmo período de 2014 (de 310 para 215); os feridos diminuíram em 28,35% (de 194 para 139); e as mortes tiveram redução de 50% (de 8 para 4).

Wilson Martines, chefe de comunicação da PRF-PR, reforça que este ainda é um projeto piloto, o que significa que o impacto será ainda mais expressivo. “O projeto está crescendo cada vez mais e será estendido para todo o estado”, afirma. Segundo Martines, por serem de alta resolução, as câmeras permitem fiscalizar diversas infrações como: ultrapassagem em local proibido ou forçada, trânsito no acostamento, falar ao celular enquanto dirige, falta do uso do cinto de segurança, parar em local proibido e a evasão de pedágio.

Comunicação/PRF-PR
O trecho da BR 369, entre o pedágio de Ibiporã e o pedágio de Arapongas,
teve redução das mortes em 50% após a implantação

Martines explica que as câmeras utilizadas são instaladas pelas concessionárias das rodovias, que disponibilizam o vídeo para que as delegacias possam fiscalizar e punir. Dois policiais fazem o monitoramento e, em caso de acidentes e outras ocorrências nos trechos monitorados, o início do deslocamento para o local é mais rápido. “O controle através das câmeras não serve apenas para aplicar multas. É possível monitorar a segurança do trânsito em geral, como verificar se há algum veículo quebrado e tomar providências em menor tempo”, avalia.

O videomonitoramento é feito em locais onde, pelos registros da PRF, há maior ocorrência de infrações. A tecnologia permite um incremento da segurança viária e faz com que haja uma conscientização coletiva. “Nosso recado para os motoristas é que essa é a fiscalização do futuro e significa que ele está sendo vigiado em toda a via, e não apenas onde há placas de sinalização, o que implica em mais segurança”, completa.

Em São Paulo, o videomonitoramento também é feito através dos Centros de Controle Operacional (CCOs) das concessionárias. O policial pode realizar o monitoramento a partir de um monitor exclusivo e priorizar ações. “Este tipo de monitoramento serve para acionamento mais célere das viaturas do trecho, uma vez que o policial que se encontra no CCO tem a experiência requerida para garantir a fluidez do trânsito e a segurança dos usuários”, afirma.

Medida deve trazer benefícios também para as cidades

De acordo com o diretor da Perkons e especialista em gestão de trânsito e mobilidade urbana, Luiz Gustavo Campos, a resolução restringe o uso do videomonitoramento apenas ao ambiente rodoviário, mas no futuro, acredita que poderá ser estendido também para as vias urbanas. O monitoramento nas ruas poderia acontecer da mesma maneira que nas rodovias. “A opção por esta forma de fiscalização é natural e poderá se tornar uma tendência no Brasil à medida que os resultados melhorarem a mobilidade e a segurança”, afirma.

Para Campos, a eficácia está relacionada ao número de câmeras instaladas, à qualidade das imagens transmitidas – se possuem alta definição, capacidade de zoom e de cobertura – e à seleção dos pontos monitorados, assim como no efetivo de agentes nos centros de controle. O especialista entende que para essa ferramenta ganhar força no Brasil e se espalhar pelas cidades deverá haver um amplo processo de comunicação que mostre, de forma transparente, os locais que estão sendo monitorados e as condutas irregulares que serão fiscalizadas.

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