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Etiqueta do Inmetro em pneus trará benefícios para o consumidor e para a segurança viária

Medida, que classificará o item com três critérios de eficiência, valerá para todos os pneus vendidos no Brasil

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Crédito: Conpet
A partir de outubro de 2016, todos os pneus deverão conter etiquetas

A partir de outubro de 2016, todos os pneus vendidos no Brasil, sejam eles fabricados em solo nacional ou importados, deverão contar com etiqueta informando três critérios de eficiência: resistência ao rolamento, aderência no molhado e ruído externo. A obrigatoriedade é regulamentada pela Portaria 544/12 do Inmetro, os produtos que não atingirem os critérios mínimos não serão comercializados. Confira como as etiquetas ajudarão o condutor a escolher o pneu adequado à sua necessidade e ao seu veículo na hora da compra e a importância do item para a segurança.

Gerson Burin, coordenador técnico do Cesvi Brasil, afirma que com a implantação das etiquetas será possível comparar produtos. Os três critérios serão dispostos em escalas. A resistência ao rolamento e a aderência ao piso molhado serão classificados de A a G e o ruído será representado em decibéis.  “Assim, o pneu com resistência ao rolamento mais baixa possível será o de letra A, a melhor classificação quanto à aderência do pneu em pavimento molhado também é a letra A, e o ruído será apresentado por um número em decibéis e quanto menor for o número, mais silencioso é o pneu”, explica.

A medida deve contribuir para a segurança viária, de acordo com o coordenador, ao indicar qual pneu adequado, por exemplo, para pavimento molhado. “Quanto melhor o índice [de A a G], maior a aderência do pneu em pavimentos molhados, o que contribui para uma maior segurança nos casos de condução do veículo na chuva”, sugere.

Burin esclarece que pneus com maior resistência (letra G) consumirão mais combustíveis. “A resistência ao rolamento está relacionada à eficiência energética e ao consumo de combustível de veículos. Quanto maior for a resistência à rolagem, maior será o consumo do combustível em função das deformações do pneu durante a rolagem. Quanto menor for a resistência à rolagem (classificação A), menor será o consumo de combustível em função das deformações do pneu durante a rolagem”, explica.

O engenheiro e consultor automotivo, Marcus Romaro, explica que tudo o que foi desenvolvido em termos de motorização, direção e suspensão depende do pneu. “Boa parte das pessoas ainda quer economizar exatamente nisso, usando pneus recauchutados ou até mesmo danificados, o que reduz significativamente a capacidade de controle do veículo e aumenta em muito o risco de um acidente, mesmo em condições normais da pista e do clima”, frisa.

O consultor alerta que cada fabricante especifica as dimensões permitidas de roda/pneu para cada veículo no manual do proprietário. “Qualquer uso diferente daquele especificado no manual do proprietário do veículo, irá expor o motorista e ocupantes a riscos de acidentes graves”, destaca.

Crédito: schutterstock.com
Para a segurança do condutor e demais ocupantes do veículos, pneus e rodas devem estar sempre em boas condições de uso

Romaro recomenda que, além de adquirir pneus da qualidade e nas dimensões permitidas pelo manual do proprietário do veículo, preferencialmente optar por marcas nacionais, por terem maiores chances de terem sido testados e homologados pelas montadoras no Brasil.

Cuidados com os pneus

Para o diretor da Perkons, empresa especializada em gestão de trânsito, Luiz Gustavo Campos, por serem elementos essenciais para a segurança, os pneus devem estar sempre em boas condições de uso e ser verificados regularmente, especialmente a profundidade do desenho (frisos/sulcos) da banda de rodagem dos pneus. “Quanto menor for a profundidade restante dos sulcos, maiores serão os riscos de acidentes pela redução de aderência em piso molhado. Para permitir a identificação do nível de desgaste existem os TWI (Tread Wear Indicators), ou indicadores de desgaste da banda de rodagem, que são filetes de borracha com 1,6 mm de altura, dispostos transversalmente em quatro a oito pontos da banda. Quando a altura dos sulcos se igualar à dos TWI, a profundidade mínima foi atingida e o pneu deve ser substituído”, orienta.

Ainda segundo o diretor, o tipo de pavimento das vias tem influência direta na durabilidade dos pneus, bem como o traçado da estrada influi na vida útil. Assim, é fundamental dirigir com regularidade e manter velocidades compatíveis com cada tipo de via.

Dicas para melhor desempenho dos pneus
– Não estacione com o pneu pressionado contra o meio-fio, pois cria deformações no pneu, desalinhamento da suspensão e eventual desgaste da caixa de direção.
– Não esqueça de manter os pneus calibrados. Pneu com calibragem abaixo ou acima da especificada leva ao desgaste e aumento do consumo de combustível.
– Folgas das buchas de balanças e braços de articulação devem ser verificadas constantemente, pois desalinham as rodas, causando barulhos e desgaste excessivo nos pneus.
– Quando as rodas estão desbalanceadas, ocorre o desgaste em pontos alternados no centro da banda de rodagem, e a roda vibra em velocidade. 
– O uso da tampinha na válvula de ar de cada pneu é fundamental para evitar que o bico receba impurezas.
Mais informações no site www.transitoideal.com.br.

 

 

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