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Bebida, direção e assassinos do volante

por Milton Corrêa da Costa*

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Um major da PM de Minas Gerais é o mais um (recente) assassino do volante. Na tarde do primeiro dia do ano, atropelou cinco pessoas de uma família, no acostamento da Rodovia MG-010, próximo ao KM 18, sentido Vespasiano/ Belo Horizonte. Matou uma menina de 11 anos (traumatismo crânio-encefálico). Foi considerado agora em estado de choque, afirmando em sua defesa que foi repentinamente fechado e perdeu o controle da direção. Falta agora explicar a garrafa de vodca/orloff, encontrada embaixo do veículo, com mais ou menos 1/2 (meio) litro de líquido. O assassino do volante recusou-se ao teste do bafômetro e conduzia em seu carro sua filha de 9 anos de idade. Ambos saíram ilesos do acidente. A pergunta que fica é: se não fez uso de bebida alcoólica por que se recusou ao etiloteste?

A grande questão é que o arrependimento só vem depois. A vida da menina, de 11 anos não mais voltará e o trauma das demais vítimas também será eterno. Os assassinos, irresponsáveis do volante, continuam a solta produzindo tragédias e tentando desculpar-se de seus atos impensados. Sua filha de 9 anos certamente também ficará com sequelas geradas pela imprudência do pai.

Em outro caso de imprudência ao volante, uma câmera de segurança flagrou o momento em que seis pessoas, entre elas três crianças, foram atropeladas por um carro na noite de quarta-feira (1º) em Ferraz de Vasconcelos (São Paulo). O carro era dirigido por uma mulher de 38 anos que confessou ter bebido cerveja antes de atingir as vítimas com o carro. Quatro pessoas foram hospitalizadas, duas ainda continuam internadas. A motorista é vizinha das vítimas.

Por sua vez os dados da Polícia Rodoviária Federal, no feriado de final de ano, indicam que 996 motoristas foram infracionados por dirigir após beber. Destes 471 foram autuados por recusa ou apresentarem, o que caracteriza crime, índice de alcoolemia igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou 0,3 mg/L de álcool por litro de ar expelido dos pulmões.

Ou seja, apesar de todo o rigor da Lei Seca (multa de R$ 1915, 40, suspensão do direito de dirigir por doze meses e curso de reciclagem), alguns motoristas, irresponsáveis, continuam bebendo, dirigindo e colocando a risco potencial a incolumidade dos demais usuários da via pública. Até quando?

*Milton Corrêa da Costa
Articulista da ABETRAN (Associação Brasileira de Educação de Trânsito)

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