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A cidade é de todos

por Cristina Baddini*

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Mobilidade dentro de uma cidade é um dos maiores indicadores de qualidade de vida. Ir de um lugar para outro com rapidez e segurança é uma necessidade para a maioria das pessoas. O uso do transporte público tornou-se essencial. Apesar da bicicleta ter sido tradicionalmente um veículo para uso associado ao lazer e esporte durante vários anos, a utilização de bicicletas sofreu mudanças enormes; tornou-se uma ferramenta de mobilidade cada vez mais usada para fazer todos os tipos de viagens, particularmente aquelas associadas com o deslocamento para ir trabalhar ou estudar. A maior conscientização da sociedade, a vontade política, criando vias próprias para bicicletas, etc. têm favorecido ao aumento da presença de bicicletas nas ruas das cidades. A bicicleta começa a fazer parte das agendas política e institucional em muitos países, oferecendo novos sistemas de serviços de mobilidade, entre outras características, porque é um meio de transporte simples, prático, ecológico e promove uma cidade sustentável, sem fumaça e ruído.

Pela facilidade em adquirir uma bicicleta, pela agilidade promovida pelo ato de pedalar muitas pessoas estão se deslocando de suas casas às estações de trem, ônibus e metrô de bicicleta, uma modalidade de integração natural entre os modais de transporte. A grande dificuldade nesta integração são os estacionamentos para as bicicletas, os quais precisam estar localizados ao lado das estações, precisam garantir a segurança das bicicletas, é necessário que os bicicletários ofereçam serviços que garantam aos usuários das bicicletas que estas estarão sempre em condições de garantir seu deslocamento.

O trabalhador que utiliza a bicicleta como transporte compromete seu salário com outras necessidades e não pode ser surpreendido com um bicicletário fechado, com a bicicleta com um pneu furado ou qualquer outro impedimento.

BICICLETÁRIOS

A existência de bicicletários seguros e bem localizados é essencial para incentivar as pessoas a usarem a bicicleta como meio de transporte integrado ao transporte público. Mostrando que os ciclistas são bem-vindas, instalações para estacionar bicicletas funcionam também como uma mensagem para motoristas considerarem usar a bicicleta no futuro.

Como o clima em São Paulo é propício e as distâncias médias de viagem para integração são relativamente curtas, o potencial da bicicleta como meio de transporte na capital é enorme.

Ao escolher um modo de transporte que não produz nenhum dano ecológico, pretende-se contribuir para uma região da cidade melhores e que sirva de modelo para outros lugares de São Paulo e do país como um todo.

SÃO PAULO

A prefeitura de São Paulo está estudando diversas alternativas para promover a bicicleta como meio de transporte na cidade. A meta é expandir em 150 quilômetros a malha cicloviária existente. Além das ciclofaixas, fazem parte dos 241,4 quilômetros da malha cicloviária paulistana 60,4 quilômetros de ciclovias, que são vias específicas, separadas do tráfego de automóveis, para o trânsito de bicicletas. Também têm 58 quilômetros de ciclorrotas, vias de velocidade reduzida (30 k/m) e com pequeno tráfego de automóveis por onde as bicicletas circulam próximo ao meio-fio. Contam ainda com placas e pintura no chão para alertar os motoristas.

A cidade possui uma estrutura com cerca de 30 metros de vias exclusivas por quilômetro quadrado.

A prefeitura planeja licitar um sistema de bicicletas públicas na Capital. A ideia é ter estações espalhadas por todas as regiões, com 50 mil bicicletas. O sistema deverá ser integrado aos ônibus e poderá ser usado com o cartão do Bilhete Único, mas o modelo ainda está em análise. O secretário municipal Jilmar Tatto não dá prazo para a licitação, mas diz que o projeto já foi apresentado ao prefeito Fernando Haddad (PT).

*Cristina Baddini
Consultora do Diário do Grande ABC, Diretora da ONG Rua Viva, Assessora do MDT
cristinabaddini@dgabc.com.br; blog: http://olhonotransito.blogspot.com

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