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O melhor do Carnaval é voltar para casa

por André Garcia*

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Não seja o algoz da sua e de outra família

Mais um feriado se aproxima e todo feriado prolongado acumula um histórico trágico de fatalidades no trânsito urbano e nas rodovias.  Com o aumento do tráfego, especialmente, nas rodovias, o risco de acidente aumenta consideravelmente devido a pressa de chegar ao destino ou devido à ingestão de drogas ou álcool. Lembre-se: tolerância de álcool é zero e não seja duas vezes algoz: da sua e de outra família!

Por mais que o Código de Trânsito Brasileiro estabeleça que o pedestre tenha preferência sobre todos os demais veículos e os menores veículos em relação aos maiores, toda atenção é pouca para nós motociclistas. Não dispute espaço com outros veículos. Cuidado ao passar em corredores. Faça-se visível. Não beba se for pilotar e não pilote se tiver bebido.

Manutenção preventiva

O motociclista deve realizar revisões periódicas da sua motocicleta, principalmente antes viajar, para verificar as condições dos freios, suspensão, pneus, rodas, líquido de arrefecimento (se houver), faróis e piscas.

Álcool e fadiga

Além de proibido, dirigir sob efeito de álcool coloca em risco a vida de todos que trafegam na via pública. Se o piloto estiver com sono, essa também é uma condição perigosa que deve ser evitada. E, se estiver tomando medicação, é preciso verificar antes se ela apresenta restrições para guiar ou pilotar. O motociclista precisa manter o foco na estrada e não dispersar a atenção em momento algum.

Alta velocidade

Em uma situação de colisão, o fator “alta velocidade” aumenta a gravidade do acidente, portanto é imprescindível respeitar os limites de velocidade sinalizados. Com a moto em alta velocidade, o piloto precisa de um espaço maior para frear bruscamente ou desviar do veículo à frente. No caso de chuva, esta distância (e cautela de modo geral) deve ser dobrada. À medida que a visibilidade na estrada diminui é prudente reduzir a velocidade.

Distância segura

Manter o mínimo de distância segura em relação ao veículo da frente é essencial para prevenir acidentes nas estradas. A regra dos três segundos é uma maneira que auxilia o condutor na contagem dessa distância. Quando o veículo da frente passar por um poste ou árvore, deve-se começar a contar – 1.001, 1.002 e 1.003. Caso o veículo passe pelo mesmo poste/árvore antes do 1.003, quer dizer que o condutor ultrapassou o limite mínimo de segurança. Essa contagem da distância deve ser aumentada em casos de descida e pista molhada. Algumas rodovias têm marcações na pista indicando a distância segura.

Ultrapassagem

Jamais realizar ultrapassagem pela direita, pois os riscos de envolvimento em um acidente grave são maiores. Utilizar a sinalização antes de uma ultrapassagem é extremamente importante. Por exemplo, se um motorista de caminhão não notar a presença de uma moto, pode tirá-la facilmente da pista ou ainda sugá-la para baixo do eixo, dependendo da distância ou do vácuo. Jamais ultrapasse em curvas, ponto cego e ou em faixa dupla.

Paradas

A cada 200 km ou no máximo 2 horas para abastecimento e hidrate-se com água. Beba muita água com refrigerante (não só refrigerante). Beba café e senão tiver problema com pressão alta ou energético a base de cafeína. Se for se alimentar, evite frituras, opte pelos assados e alimente-se, apenas, o suficiente. Seu organismo precisa de atenção e não pode perder energia com a digestão. Ao viajar com garupa, tudo que foi recomendado também se aplica, todavia, pode ocorrer das paradas serem em intervalos menores. O garupa costuma se cansar mais rápido em determinadas motocicletas.

Garupa

O passageiro da garupa deve estar tão bem equipado quanto o piloto. O piloto deve programar as paradas sempre respeitando o cansaço da garupa.

Bagagem

Objetos e bagagens devem ser transportados, embalados em saco plástico e bem amarrados. Evite ao máximo levar mochilas nas costas.

Pedestres

O índice de sobrevivência a um atropelamento com velocidade superior a 80 km/h é praticamente nulo para piloto e pedestre. É importante evitar trafegar no acostamento e reduzir a velocidade em trechos em que há travessia de pedestres.

André Garcia*
é motociclista, advogado especializado em Gestão e Direito de Trânsito e jornalista especializado no setor de duas rodas.

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