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A comemoração que se espera nas ruas

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    Quando menos se espera, chega o Carnaval. O absurdo dessa frase reflete minha indignação contra as recorrentes mortes no trânsito durante as festas populares. Todos sabemos quando chega o Carnaval, o Natal, o Réveillon. Nada disso chega quando menos se espera. Sabemos que as ruas vão se encher de pedestres e carros, que as pessoas vão beber e não poderão dirigir. É preciso intensificar as iniciativas de prevenção, em vez de ficar esperando para contar os corpos depois da Quarta-Feira de Cinzas, como se realmente fosse uma surpresa ter chegado o Carnaval.
    Absurdo semelhante aconteceu nas festas de fim de ano.
    O número de mortos nas estradas – 455 pessoas – foi 4,1% maior que nas festas de 2008, segundo a Polícia Rodoviária Federal. A quantidade de feridos foi 18,2% maior, e o total de acidentes subiu inacreditáveis 24,2%. Tudo isso apesar das inegáveis conquistas da Lei Seca, de minha autoria, em vigor desde junho de 2008. No ano passado, 25 dos 27 estados brasileiros apresentaram redução de internações hospitalares decorrentes de traumas de trânsito.
    Só no Estado do Rio o decréscimo foi de 49% em 12 meses. E justamente no Sudeste foi onde mais cresceu o índice de acidentes nas festas de fim de ano: 37%.
    Por que as vitórias da Lei Seca contra a violência no asfalto não se mantiveram no Natal e no Réveillon? Segundo a Polícia Rodoviária, a culpa foi das chuvas e da recuperação econômica do Brasil, que aqueceu o mercado de automóveis. A segurança no trânsito não pode depender de dias ensolarados ou da estagnação econômica do país.
    O respeito à vida não está “lá fora””. Ele depende de todos nós, faça chuva ou faça sol, na crise ou no desenvolvimento.
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